Acaba de ser divulgado, neste dia 5 de novembro de 2020, Dia Nacional do Design no Brasil, que Adélia Borges foi escolhida para receber da UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) o título de Doutora Honoris Causa pela sua contribuição ao Design.
Apenas quinze personalidades já tiveram essa honra concedida anteriormente pela UNESP - Adélia é também a primeira mulher de uma lista onde destacam-se grandes nomes da cultura brasileira e internacional como Milton Santos, Celso Furtado, Orlando Villas Bôas e o ganhador do Prêmio Nobel Adolfo Pérez Esquivel.
Suas três décadas de atuação e intensa produção nacional e internacional ligada diretamente ao tema do Design, como jornalista, crítica, autora, conferencista, professora, curadora e gestora - são credenciais de um dos nomes mais significativos do cenário do Design brasileiro contemporâneo. Sem estar formalmente inserida na Academia, sua obra serve de referência para grande número de pesquisas, teses e dissertações. Adélia Borges representa, sem sombra de dúvida, um importantíssimo ativo para a Academia, cuja obra merece ser reconhecida e discutida, e suas reflexões aprofundadas.
O corpo principal do seu trabalho consiste hoje numa proposta de revisão da matriz conceitual do design, ao buscar relações entre os fazeres do design e do artesanato, entre o fazer industrial e o fazer industrioso. Sua defesa de que a visão industrialista não pode ser a única forma de avaliar o desenvolvimento e a capacidade criativa, empreendedora e produtiva de uma nação, merece ser conhecida, compreendida e discutida pela Academia.
Provavelmente estará aí, nessa sua prolífica reflexão sobre industrialismo versus industriosidade, a maior contribuição para o saber de uma área relativamente nova e ainda com pouca tradição acadêmica como o Design.
Parabéns à homenageada, minha amiga Adélia Borges!
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