Com uma simples solução de design, empresa brasileira cria mochila antifurto.
Conseguir solucionar um grande problema com engenhosidade e simplicidade costuma ser um dos grandes triunfos do design de modo geral. Assim, adaptar um produto conhecido para atender a certa demanda sem abrir mão em nada das qualidades e características essenciais desse produto é a tarefa máxima de um bom designer, com uma boa ideia, diante de uma necessidade urgente.
Foi assim que a Urbam nasceu,
uma empresa que fabrica mochilas imunes a um dos grandes problemas dos
centros urbanos: o furto. Sem precisar de trancas, cadeados,
malabarismos ou alterações radicais no desenho – somente com um design
eficaz e perfeitamente funcional – as mochilas da Urbam são protegidas
de qualquer furto eventual.
E
quando se entende a precisa e engenhosa solução desenvolvida pelos
fundadores Fernanda Luz e Herbert Pereira, o pensamento do cliente
costuma ser um só: como não pensei nisso antes? Pois as boas ideias são
assim, evidentes e, ao mesmo tempo, inéditas – e se o furto exige que o
ladrão justamente consiga abrir a mochila sem que a vítima perceba, a
Urbam simplesmente retirou o zíper da frente da mochila, e o colocou na
parte de trás, colado às costas de quem a carrega.
Na
Urbam as mochilas são vendidas em dois modelos: de tecido, em cores
variadas, pelo valor de R$ 139, e em couro, por R$ 379,90. A venda é
totalmente online, pelo site da marca, que ainda oferece alguns outros
produtos, como carteiras e bolsas menores – sempre alinhados com o
problema essencial da segurança que lamentavelmente assola as cidades do
mundo inteiro. Os produtos são também impermeáveis.
Quando
chegaram ao programa Shark Tank Brasil para tentar seduzir os tubarões
investidores a se associarem à Urbam, Fernanda e Herbert se depararam
com um dilema bastante comum entre empreendedores: os investidores
gostaram do produto, se interessaram pela empresa, mas acabaram receosos
de colocarem seu dinheiro nessa grande ideia quando souberam que os
dois não se dedicavam integralmente à empresa. Como no paradoxo da
origem do ovo ou da galinha, as vendas ainda em crescimento impedem a
dedicação integral dos dois sócios – mas será possível que as vendas
cresçam de fato sem essa dedicação?
Acreditar
na empresa e se lançar ao risco foi o conselho que os sharks Cris
Arcangeli, Robinson Shiba, Camila Farani e Caito Maia deram antes de
desistirem do negócio. João Appolinário, porém, enxergou o potencial
necessário para que o produto possa deslanchar e, em uma contraproposta,
decidiu embarcar na Urbam – trazendo assim não só a alegria para
Fernanda e Herbert, que poderão se comprometer somente com a empresa,
mas também a segurança para quem atravessa as cidades brasileiras com a
mochila nas costas.
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