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Nesse mundo moderno da marca (branding), qual serão as futuras relações dela com o meio ambiente e o ser humano?
A corporação e o meio ambiente
A atual preocupação ecológica e a escassez de áreas verdes levam as corporações a cuidar de áreas verdes como parte de sua cultura sustentável e sua imagem positiva no mercado. Gerando assim fidelização do consumidor, e conquistando novas mentes e corações ou o chamado tradicional mercado.
Quando o entorno artificial e humano já não seja suficiente para a exposição da marca em áreas verdes urbanas, as corporações correrão para os já escassos refúgios naturais para patrocinar essa natureza ainda viva.
Levando à marca ao âmbito natural macro, onde ela se transforma na dona do entorno natural que mantém.
E ainda que isso não fosse suficiente, a corporação imprime a sua marca fisicamente na mesma natureza, seja nas pedras, nas arvores, levando-nos a consumir “Natureza” patrocinada. Assim grandes refúgios naturais do mundo ficariam sob a tutela interessada de alguma corporação.
Isso inverteria a logica atual, de a presente crise ambiental se deve ao consumismo exacerbado, para graças às preocupações ambientais das grandes empresas, refúgios naturais ainda podem ser visitados, portanto não nos culpe! Nós estamos salvando o mundo e você?
Será que uma maior “conservação ambiental corporativa” efetivamente levaria a um maior consumo e percepção positiva de determinada marca?
Isso se aplicaria mais tarde também aos animais e as espécies em extinção? E depois?
A corporação e você
O ser humano é um ser social que se identifica e se agrega em suas diferentes tribos com suas características especificas. A tatuagem seria uma identificação pessoal com certas tribos, assim como o consumo de marcas identifica nosso status social e o ato de pertencer a certo grupo.
Hoje em dia, certas pessoas tatuam marcas em seus corpos, demonstrando publicamente o seu favoritismo. Mas isso ainda é de graça, e em alguns casos muito contados, essa tatuagem permanente de uma marca traz um beneficio econômico ao seu usuário.
Mas a compra hoje de algum produto, não e´ mais apenas pelos benefícios imediatos e satisfação pelo uso de tal produto, o consumidor foca o seu interesse na experiência e estilo de vida criado pela marca e até por certo status no seu circulo social.
Marca e´valor, atitudes pessoais perante a sociedade.
Essa invasão da corporação no corpo físico, do macro – exterior - superfície para o micro - interior acontecerá cada vez mais, com a futura nanotecnologia, onde a publicidade da marca como tal, poderia chegar até a um nível absurdo como atômico ou ser impresso em alguns órgãos.
Mas essa invasão da marca no corpo seria em si mesmo o evento- momento a ser publicitado e não tanto a existência posterior da marca invisível no corpo.
Se você espera um transplante de coração e alguma corporação paga esse transplante com a condição de usar esse evento de maneira publicitaria e colocar fisicamente a marca no coração, você provavelmente aceitaria. Um preço pequeno para continuar vivo!
Até onde vamos a chegar nessa relação marca – consumo – vida?
As empresas já não compraram as nossas almas pela eternidade?
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