08 dezembro 2010

Cruzada ecologica

É fato o interesse das grandes corporações na Amazonia, e na sua biodiversidade para a industria farmaceutica, cosmetica e alimenticia.

Essa aproximação capitalista não sustentável se disfarça, se esconde sobre o véu da sustentabilidade e supostos beneficios para a comunidade e a região.

Esses supostos beneficios relacionados a extração e processo da materia prima, educação, trabalho remunerado, melhor qualidade de vida são bemvindos e necessarios, mas a comunidade deve entender essa dinamica comercial e ter uma visão global do processo. Deve ser um processo claro, aberto e honesto.
Porque se extrai essa materia prima? Para que? Onde se vende? A que preço final? Quem compra? Essa materia prima serve para que tipo de produtos?

Sou contra? Não, desde que essas relações entre empresas, Natureza e comunidade seja feita de maneira honesta, justa. Em uma dinâmica onde todos ganham.

Um dos grandes perigos dessa ação mentirosa para o pais e´a biopirataria, que pode ser definida como a exploração, manipulação, exportação e/ou comercialização internacional de recursos biológicos.

Além do perigo de extinção, que algumas espécies de animais e vegetais enfrentam decorrente do tráfico, a biopirataria pode acarretar outros prejuízos, tais como:
  • Privatização de recursos genéticos (derivados de plantas, animais, microorganismos e seres humanos) anteriormente disponíveis para comunidades tradicionais;

  • Risco de perdas de exportações por força de restrições impostas pelo patenteamento de substâncias originadas no próprio país.

  • Cálculos feitos há três anos pelo Ibama indicavam que o Brasil já tinha um prejuízo diário da ordem de US$ 16 milhões (mais de US$ 5,7 bilhões anuais) por conta da biopirataria internacional, que leva as matérias-primas e produtos brasileiros para o exterior e os patenteia em seus países sedes, impedindo as empresas brasileiras de vendê-los lá fora e de ter de pagar royalties para importá-los em forma de produtos acabados.
A biopirataria já é e continuará sendo um dos grandes problemas do século 21, o Brasil precisa acordar para essa problematica e agir rapido.

O consumidor continua sendo vilmente enganado com propaganda tendenciosa e continua consumindo produtos naturais, organicos dessas empresas, acreditando que está sendo ecologicamente correto.

E continuam a rir ecologicamente da nossa cara. Agora a nariz de palhaço e´verde, não mais vermelha.

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